Nesta quinta-feira (02), a Praia de Cabeçudas, em Itajaí, sedia a 8ª Caminhada de Iemanjá. O evento inicia às 17h30 e segue até 22h, com entrada franca. A iniciativa é idealizada e realizada pelo produtor cultural e Pai de Santo de Umbanda, André Trindade, dirigente espiritual do Templo de Ogum Beira Mar, localizado há mais de 10 anos em Cabeçudas.
O evento ocorre há sete anos e já se tornou tradição entre muitos dos moradores do bairro de Cabeçudas. Devotos e simpatizantes da cultura afro-brasileira aguardam e acompanham a passagem da imagem de Iemanjá com seu cortejo, para seguirem juntos em caminhada até a beira mar, em louvação e agradecimento à divindade.
O evento começa às 17h30 na sede do Templo de Ogum Beira Mar, localizada na rua Tereza Francisca Pereira, nº 289, em Cabeçudas. O início será com live de Juliana de Passos, influencer digital do Canal Macumbaria, de São José (SC), e participação especial de Mãe Iara de Oxum, idealizadora da Caminhada da Pedra de Xangô de Cajazeiras (Bahia), que veio de Salvador para prestigiar a caminhada. A live será transmitida pelo canal www.youtube.com/TerreiroAndreTrindadeItajaiSC.
Às 19h, inicia o cortejo, que sai do Templo e segue até o pontal Norte da Praia de Cabeçudas, conhecido como “Canto de Iemanjá”. Neste local, os devotos levam presentes e pedidos, recebem o Axé e patuá de Mãe Iemanjá, de forma ordenada.
O evento contará ainda com diversas apresentações culturais voltadas para a cultura afro-brasileira. Entre elas o Grupo Cores de Aidê, vindo de Florianópolis (SC), a apresentação artística da Dança dos Orixás e Curimba, do Templo de Ogum Beira Mar, o Maracatu Nova Lua, de Balneário Camboriú, e performances teatrais. A entrega do barco com a imagem de Iemanjá está prevista para as 21h30. A programação está sujeita a alteração de horários.
A Caminhada de Iemanjá da Praia de Cabeçudas reúne pessoas de diversas localidades e credos e cresce a cada ano. Em 2023, o evento também visa combater a intolerância religiosa com foco no ato de vandalismo e preconceito praticado um mês antes do dia de Iemanjá. A imagem da Rainha do Mar, fixada anonimamente por fiéis e devotos desconhecidos no “Canto de Iemanjá”, local onde acontece a caminhada, foi depredada e teve a cabeça arrancada.
A iniciativa foi contemplada na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, tem o patrocínio da Fundação Cultural e do Município de Itajaí.