No último sábado, dia 26 de outubro, mais um episódio marcante ficou registrado na história do Porto de Itajaí.
Atracada no berço 02 da JBS Terminais (área arrendada), o terminal portuário de Itajaí recebeu a maior embarcação em toda a sua trajetória de operações portuárias. O navio CMA CGM AMAZÔNIA, de bandeira da Malta, com 336 metros de comprimento e 51 metros de largura.
Operado pela JBS Terminais, o navio, pertencente ao armador francês CMA CGM, movimentou uma expressiva quantidade de cargas em contêineres.
“Certamente, o momento que o porto de Itajaí vem vivenciando, demonstra que o terminal voltou a figurar no cenário portuário nacional. Sua retomada com cargas de contêineres vinha sendo aguardada com muito otimismo, e não faltaram esforços para que este retorno se tornasse realidade. Agora é olhar para a frente, e que o futuro nos reserve sempre boas condições operacionais para a atividade portuária de Itajaí”, comemorou Fábio da Veiga, Superintendente do Porto de Itajaí.
Vindo do porto de Santos (SP), o navio, após o termino da operação, seguiu seu trajeto com destino ao porto de Paranaguá, no Estado do Paraná, no domingo dia 27.
Além das suas dimensões, o navio possui um visual diferenciado que chamou a atenção ao entrar no canal de acesso ao complexo Portuário do Itajaí. Isso porque a embarcação possui uma espécie de “armadura” na sua proa, o que o difere da maioria das embarcações que costumam atracar no complexo portuário. O CMA CGM Amazônia integra uma série de modelos de navios com “tecnologia verde”, projetados para reduzir a pegada ambiental, o que inclui a utilização de biocombustível, quando disponível, e a economia de consumo.
O detalhe na proa da embarcação serve como um defletor de vento, uma inovação aerodinâmica que pode economizar até 4% no consumo de combustível. Outro defletor, instalado na popa – parte traseira do navio – também ajuda a melhorar o desempenho da hélice, economizando combustível e reduzindo as emissões de dióxido de carbono.
Segundo o fabricante, um sistema inteligente de escape reduz em 28% a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa e elimina em 50% o vazamento de metano. Esses navios têm a opção de operação tradicional, com GNV, ou com combustível alternativo, como o biometano.
O uso de novas tecnologias para reduzir a pegada de carbono dos grandes navios tem sido uma constante e, assim como outros setores, a navegação marítima também tem procurado se adaptar aos novos tempos. Além de novos tipos de combustível, os navios de nova geração têm testado outras alternativas como painéis solares e até as antiquíssimas velas, que ressurgem como opção sustentável.