Nesta semana, os servidores de Itajaí levaram um susto ao ver a folha de pagamento referente ao mês de março.
A prefeitura de Itajaí suspendeu o reajuste de 9,32% que havia concedido em agosto do ano passado à todos os servidores do município, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), porém aos servidores do magistério, também houve o desconto dos dias 7 a 18 de março de quem participou do movimento de greve.
Cerca de 700 servidores do magistério tiveram o pagamento de apenas R$ 0,01 na folha de Março, o que causou indignação e repercussões nas redes sociais, pois alegaram estar dispostos a repor as aulas e que o direito de greve está garantido em lei. Além dos que tiveram a folha de pagamento zerada, cerca de 1,2 mil servidores receberam menos da metade do salário.
Uma imagem que mostra o valor de R$ 0,01 no salário líquido, que seria de um servidor, repercutiu durante esta quinta-feira (31). Com todos os descontos, como de empréstimo consignado, previdência e imposto de renda, o salário ficou zerado.
A categoria passou o dia no prédio da prefeitura em manifestação contra a suspensão do reajuste e desconto nos salários.
Nas redes sociais, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (SINDFOZ) fez uma publicação da manifestação:
Em nota, a prefeitura alegou que o desconto está autorizado pela Justiça e foi aplicado apenas para quem participou da greve. Alegou também que o desconto é uma forma até de respeito aos servidores que trabalharam nesse período.
Confira a nota completa da Prefeitura de Itajaí:
Nota de esclarecimento
O Município de Itajaí esclarece que na folha de pagamento referente ao mês de março deste ano suspendeu o reajuste de 9,32% aplicado aos salários dos servidores públicos municipais por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O Município já se comprometeu em repor esse percentual assim que houver uma decisão definitiva sobre o caso.
A Administração Municipal esclarece ainda que nesta folha de pagamento também foram realizados os descontos aos profissionais da Educação que entraram em greve entre os dias 7 e 18 de março. O movimento foi considerado ilegal pela Justiça e o Município fez o desconto de faltas durante o período de suspensão do trabalho. Somente os servidores que aderiram à paralisação tiveram os dias descontados, conforme autorizado em decisão judicial.
O Município de Itajaí lamenta a decisão dos servidores pela greve, que traz inúmeros prejuízos à sociedade, principalmente aos estudantes da Rede Municipal, mas entende que o desconto deve ser feito devido ao contexto em que o movimento ocorreu e em respeito aos servidores que trabalharam neste período.