O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado neste sábado (02), marca avanços importantes em Itajaí. O Centro Terapêutico Especializado em Autismo (CTEA), localizado no bairro São Vicente, é um exemplo da assistência oferecida pelo Município para este público. Inaugurada em agosto de 2020, a unidade realiza avaliações, diagnósticos, habilitação/reabilitação clínica e social de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Centro Especializado funciona com duas equipes técnicas compostas por: fonoaudiólogas, psicólogas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeuta, nutricionista, neurologista e médico clínico-geral. Os atendimentos ocorrem de forma transdisciplinar, possibilitando diagnóstico e intervenções terapêuticas específicas para cada paciente.
Desde a fundação do CTEA, foram realizados atendimentos para mais de 90 pacientes de Itajaí. Atualmente, são feitos mais de 600 atendimentos mensais por cada equipe. O encaminhamento ao centro é feito através da unidade básica de saúde de referência do usuário. A UBS dá início ao processo de encaminhamento para o sistema de regulação, que oferta vagas de acordo com a disponibilidade do serviço.
“A implantação do CTEA foi um grande avanço no Município para o atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista em Itajaí. As equipes oferecem terapias específicas para cada paciente, o que torna o diagnóstico mais especializado”, ressalta a gerente do CTEA, Isabel Cristina Reinert.
O Transtorno do Espectro Autista
Os transtornos de neurodesenvolvimento, dentre eles o TEA, são parte de um grupo que se manifesta cedo no desenvolvimento humano, em geral antes de a criança ingressar na escola. É caracterizado por déficits no desenvolvimento, acarretando prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional.
O TEA se caracteriza por déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos. Entre eles: a reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. O diagnóstico do TEA requer ainda a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.