A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirma o registro da segunda morte de macaco por febre amarela no estado. A coleta do material para análise foi realizada no dia 4 de maio, após moradores do Bairro Canela, localizado no distrito de Pirabeiraba, em Joinville, notificarem à Secretaria Municipal de Saúde sobre a morte do animal. As amostras do bugio foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN) e seguiram para a Fiocruz, no Paraná, laboratório de referência para o estado.
João Fuck, gerente de zoonoses da Dive, explica que os macacos não transmitem a febre amarela. “Eles são vítimas da doença e sinalizam a circulação do vírus na região. Por isso, ao encontrar um macaco doente ou morto, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser comunicada imediatamente. Com essa notificação, são desencadeadas as ações na região”, explica.
Vacinação
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas de matas e urbanas. A única forma de se proteger é através da vacinação. Todos os moradores de Santa Catarina, com mais de 9 meses de idade e que ainda não foram vacinados, devem procurar uma unidade de saúde para se imunizar contra a doença. Uma única dose é suficiente para proteger por toda a vida. No Estado, até o momento, a cobertura vacinal está em 74%. O ideal é vacinar, ao menos, 95% da população dentro do público-alvo.
Febre amarela em SC
No dia 28 de março de 2019, Santa Catarina já havia confirmado o primeiro caso de febre amarela autóctone (contraída dentro do estado) em humano. O paciente era um homem, de 36 anos, que não havia se vacinado e evoluiu para óbito. Ele morava na localidade de Pirabeiraba, em Joinville, no Norte do Estado.
No começo de abril, a DIVE/SC também confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela no estado. O macaco (bugio) foi encontrado morto no dia 20 de março em uma área de mata no município de Garuva, no Norte do estado.