Na tarde do último domingo (1º), foi preso o filho de S. G. de S., acusado de assassinar a mãe e o padrasto, P. R. de S., em Itajaí. O crime aconteceu em 23 de novembro, na residência do casal, localizada no bairro Espinheiros.
A Polícia Civil divulgou detalhes do caso nesta segunda-feira (2), reforçando que o objetivo seria obter a herança e o controle dos bens do casal.
De acordo com o delegado Roney Péricles, o suspeito chegou à residência acompanhado de outro indivíduo cerca de duas horas antes do crime, ocorrido na noite de 23 de novembro. Ambos aguardaram a chegada das vítimas, que haviam saído para jantar, se divertir em um karaokê e passar em uma lanchonete.
O casal entrou em casa por volta das 0h53 de sábado, como registrado por câmeras de segurança. Instantes depois, gritos foram ouvidos. Os dois suspeitos permaneceram no local por mais uma hora, cometendo o crime antes de fugir.
Planejamento e execução
Conforme a investigação, o crime foi cuidadosamente planejado. Os suspeitos chegaram de bicicleta, mas deixaram uma motocicleta estacionada a dois quilômetros da casa. Utilizaram um controle remoto para acessar o imóvel e permaneceram no local até a chegada das vítimas.
Um detalhe que chamou atenção dos investigadores foi o tempo que o casal levou para entrar na residência, cerca de 3 minutos e 30 segundos, suficiente para que os suspeitos deixassem o local sem serem notados, caso tivessem intenção apenas de roubar.
Embora os sinais iniciais indiquem morte por asfixia, a confirmação depende do laudo da Polícia Científica. “Asfixia pode ocorrer de diversas formas. Estamos aguardando o laudo necroscópico para entender a dinâmica exata”, afirmou o delegado.
Desdobramentos da investigação
A investigação apontou para a possibilidade de que o crime tenha sido motivado pelo interesse nos bens do casal, que possuía uma loja de decoração e imóveis na região. O delegado destacou que o suspeito seria herdeiro direto e demonstrava interesse em administrar os negócios.
Além de prender o jovem, as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão em locais associados a ele, recolhendo celulares, computadores e roupas. A identidade do comparsa ainda está sendo apurada, assim como a possibilidade de envolvimento de outras pessoas.
Rota do crime e provas
As câmeras de segurança desempenharam papel crucial para identificar o filho do casal como autor do crime. Imagens detalharam a rotina das vítimas na noite do crime, descartando a hipótese de perseguição por terceiros.
Após o duplo homicídio, a análise das gravações também ajudou a rastrear o trajeto do suspeito até a residência onde ele morava, reforçando sua conexão com o caso.
O casal, que estava junto há 11 anos, era conhecido na região pela loja de decoração e pela atuação no mercado imobiliário.