O Município de Itajaí, por meio da Secretaria de Saúde, vai inaugurar um ambulatório para pré-triagem de pacientes com autismo. Os atendimentos vão iniciar na próxima segunda-feira (15) e serão realizados no Centro Terapêutico Especializado em Autismo (CTEA), que fica na rua Antônio Cirilo Dutra, nº 87, no bairro São Vicente. O ambulatório terá um atendimento inicial das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, podendo ter o horário prorrogado, conforme a demanda.
A criação deste espaço visa à melhoria nos serviços prestados a esses pacientes. Estima-se que hoje em Itajaí, cerca de 560 crianças estejam aguardando o diagnóstico inicial do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Temos urgência em desenvolver uma estratégia efetiva para atender à demanda reprimida. Ficou definido o reforço da equipe da saúde com mais profissionais qualificados para dar melhor encaminhamento às crianças”, enfatizou o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni.
O ambulatório vai contar com dois profissionais médicos e um enfermeiro, que farão os atendimentos e, conforme o diagnóstico do paciente, irão realizar os encaminhamentos para as terapias já existentes no Município, como o Centro Terapêutico Especializado em Autismo (CTEA), por exemplo.
“Também vamos criar a expertise com os profissionais médicos nas unidades de saúde, para que o trabalho seja propagado. Importante o pré-atendimento, para que a pessoa entre pela porta certa. Mas eu costumo reforçar, que a nossa porta de entrada ainda segue sendo as nossas unidades de saúde, onde será realizada a primeira triagem”, ressaltou o secretário de saúde de Itajaí, Emerson Duarte.
Reflexos na educação
A criação do ambulatório vai auxiliar o trabalho realizado na educação, uma vez que o número de alunos autistas na Rede Municipal de Ensino mais do que dobrou em um ano. Em 2021, eram 450 e hoje são 950 estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A saúde iniciar essa mobilização para ampliar os serviços, só fortalece a política de educação especial, que é uma política intersetorial. Só a educação não garante toda a atenção que a criança precisa. Ela necessita de uma intervenção terapêutica, de um atendimento especializado, para que isso também se converta em orientações e práticas em sala de aula. Para a gente é extremamente importante que a saúde abrace esse desafio, de construir essa ação integral, para que a gente tenha um resultado de curto e médio prazo na nossa Rede e fortaleça a educação como um todo”, afirmou o supervisor de educação especial, Erickson Jones Lima.