A pesquisa de valores do material escolar para 2022 apontou uma variação de 181,62% entre a soma dos produtos mais baratos e mais caros. O levantamento foi realizado pela Procuradoria de Defesa do Consumidor (Procon) de Itajaí em nove papelarias da cidade na segunda-feira (17). O objetivo é lembrar aos consumidores que consultar os preços ainda é a melhor opção, já que é comum acumular outras obrigações financeiras no início do ano.
Foram consultados 23 itens básicos solicitados nas relações de materiais escolares, sem considerar marcas ou qualidade. Entre eles: apontador, borracha, caderno pequeno, caderno de desenho, caderno universitário, massa de modelar, canetas, cola, esquadro, cartolina, lápis de escrever e de cor, alguns modelos de papel, pincel, régua, tesoura e tinta guache.
Em relação ao ano anterior, o kit com os 23 produtos escolares mais baratos subiu 24,30%, enquanto o de itens mais caros aumentou 18,79%. Na soma total, os itens de menor valor da lista de material custaram R$ 49,41 (em 2021, o valor era R$ 39,75). Já a soma dos produtos mais caros ficou em R$ 139,15 (em 2021, era R$ 117,14).
A pesquisa aponta ainda que o material de maior variação foi o esquadro plástico de 21 cm, que pode custar de R$ 0,60 a R$ 8,70 (1350%). A menor variação foi a da caneta esferográfica comum, que pode ser adquirida por R$ 0,75 a R$ 1,00 (33,33%).
Dicas ajudam a economizar
O Procon de Itajaí dá algumas orientações para economizar antes da volta às aulas: reaproveitar materiais do ano anterior, como réguas, tesouras, apontadores, mochilas; organizar “sebos” nos grupos de pais para vendas e compras de livros usados de colegas; realizar grupo de pais para compras coletivas, buscando melhores descontos com os estabelecimentos comerciais; e pesquisar compras pela internet, com atenção aos prazos de entrega e de cancelamento da compra.
Além disso, o Procon também ressalta que os materiais escolares solicitados pelas escolas devem ser utilizados para as atividades pedagógicas diárias, em quantidade suficiente para o ano letivo, caso contrário é considerada prática abusiva. Também não podem ser exigidas marcas específicas, solicitar materiais de uso coletivo ou indicar o local para as compras. Deixar de fornecer a lista e cobrar taxas pelo material escolar é outra prática abusiva.
Os consumidores podem fazer denúncias ao órgão de proteção pessoalmente na avenida Joca Brandão, nº 655, bairro Centro, das 13h às 18h, ou pelo Whatsapp (47) 8855-7811 e pelos telefones 151 ou (47) 3349-6147. Os cidadãos ainda podem acessar o site do Procon para obter informações e entrar em contato com o órgão.