O Porto de Itajaí prorrogou o contrato para manutenção da dragagem do canal de acesso por mais um ano. A draga de sucção (Hopper) atua 24 horas por dia, de forma ininterrupta, para trazer mais segurança de navegação na entrada e saída de navios maiores no Complexo Portuário. Desde novembro, quando a draga chegou ao município, já foram removidos 2.217.820 m³ de sedimentos, com estimativa de chegar a 4 milhões de m³ em um ano de operação.
“Itajaí é o único porto no Brasil a fazer dragagem permanente desde 1999. Hoje, com a assinatura do contrato de arrendamento transitório, podemos garantir a manutenção do contrato com a draga. Isso nos garante os índices de profundidade necessários, item este que, nos últimos meses, foi extremamente difícil de manter em virtude do elevadíssimo volume de chuvas ocorridas em Itajaí. Nossos níveis atualmente de profundidade encontram-se totalmente estabilizados, dentro dos parâmetros de dragagem”, pontuou o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
A draga Hooper (HAM 316), do tipo sucção, substituiu a draga holandesa Lelystad. Atualmente, ela atua diariamente em paralelo com a draga NJORD, que injeta potentes jatos de água no fundo do rio e faz com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.
Sobre a operação no Complexo Portuário
O trabalho da draga é realizado ao longo do canal de acesso ao Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, em áreas a montante e jusante, além das Bacias de Evolução I e II, em frente aos portos de Itajaí e Navegantes e na Baía Afonso Wippel, no Saco da Fazenda. A dragagem permite o recolhimento e a remoção de materiais sólidos do fundo do rio.
Além da segurança às embarcações maiores que transitam pelo Complexo Portuário, a operação é de extrema importância para recuperar a profundidade do canal em até 14 metros. Essa medida ainda possibilita que a grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí possam se dissipar com maior facilidade.
“Com a melhora do clima nos últimos dias, podemos ver que nas áreas que compreendem o Porto de Itajaí e demais terminais vizinhos, as águas do rio voltaram a ter uma coloração esverdeada ou azulada após praticamente três meses do rio com uma coloração amarela. Essa coloração é o alto índice de sedimentos em suspensão que vieram carregados do Alto Vale e se depositam aqui, onde encontra-se a foz do Rio Itajaí-Açu. É por isso que já tínhamos programado a vinda da draga de sucção”, conclui Fábio da Veiga.